Colégio
Estadual José Ribeiro Pamponet
Disciplina
de História Prof.
Perivaldo Matos
Turma
2º ano A e B Integral
Data
30/04/2020
A
Colonização Espanhola
A
conquista colonial de diversos povos do mundo, resultante da expansão
marítimo-comercial, foi considerada um direito inquestionável da Europa. Por
quê?
Por
uma razão muito simples, considerando a civilização europeia superior às demais
civilizações, os europeus julgavam-se no direito de submeter os povos do resto
do mundo, impondo-lhes sua cultura.
É
importante que você entenda que a crença na superioridade da civilização europeia
baseou-se principalmente nos seguintes pontos:
a
Europa acreditava ser um povo superior desde o nascimento;
a
Europa julgava conhecer a única e verdadeira fé religiosa: o cristianismo;
a
Europa acreditava possuir o mais avançado estágio de desenvolvimento técnico,
científico e artístico.
Veja
que, com esse conjunto de ideias, os europeus justificaram a brutal
conquista
dos povos da América, da África e da Ásia. Era o preço pago para se exportar a
civilização europeia.
Antes
da chegada de Colombo, diversos povos viviam na América: os povos
pré-colombianos. Essa denominação tem como base a chegada de
Colombo ao continente americano
– aliás, um referencial europeu.
Em
fins do século XV, havia no continente americano mais de 3 mil nações
indígenas.
Observe
o mapa ao lado. Muitas dessas nações eram aparentadas, outras eram bem
diferentes entre si. Falavam línguas diversas e tinham culturas distintas. Na
América, as sociedades indígenas que se formaram, tiveram evolução diferenciada
nas várias partes do Continente.
Uma
prova dessa evolução diferenciada,
são as três grandes civilizações americanas: Maias,
Incas e Astecas.
Esses
povos atingiram o estágio da civilização e construíram verdadeiros
impérios,
provocando espanto aos europeus quando estes começaram a chegar à América por
volta de 1.492.
Para
saber mais, vamos conhecer um pouquinho desses povos.
Civilização
Maia
Desenvolveu-se
na península do Yucatán, na América Central. Alcançou seu apogeu no século VII.
A economia dos maias baseava-se principalmente no cultivo de milho, feijão e
batata-doce. Eles não conheciam o uso do ferro, da roda, do arado e do
transporte realizado por animais. A sociedade era dirigida por poderosos
sacerdotes.
No
setor cultural, os maias construíram grandes templos, pirâmides e observatórios
de astronomia; criaram um calendário bastante preciso e um sistema de escrita;
desenvolveram a pintura mural e a arte cerâmica.
Na
época da chegada do colonizador espanhol (final do século XV), a civilização
MAIA estava sendo dominada pelos ASTECAS.
Civilização
Asteca
Desenvolveu-se
a partir do século XII, na região do atual México. Povo guerreiro, os astecas
eram governados por um rei poderoso, que vivia na cidade de Tenochtitlán, atual
cidade do México).
Plantavam
milho, feijão, cacau, algodão, tomate e tabaco.
Além
disso, comercializavam bens, como tecidos, peles, cerâmicas, sal, ouro e prata.
Desconheciam o uso do ferro, da roda, dos animais de carga. Dominavam,
entretanto, a técnica de ourivesaria (trabalhos manuais em ouro), da cerâmica e
da tecelagem.
Os
astecas construíram grandes templos religiosos, desenvolveram a escrita
primitiva e um calendário próprio.
A
história da conquista do Império Asteca pelos espanhóis, teve início em
fevereiro
de 1519, quando Hernán Cortes desembarcou na Península do Yucatán.
Informado
da grande quantidade de ouro existente no Império Asteca, Cortês decidiu
atacá-lo. Combinando violência e habilidade, Cortés prendeu o imperador asteca
Montezuma e saqueou a cidade de Tenochtitlán.
Civilização
Inca
Desenvolveu-se
na região que hoje corresponde ao Peru, ao Equador,
a
Bolívia e ao norte do Chile. Alcançou seu período de maior esplendor por volta
do século XIV. É importante você saber que o Império Inca chegou a ter uma
população de 20 milhões de
habitantes.
O
império Inca, com capital na cidade de Cuzco (cordilheira dos Andes), era
governado por um imperador considerado um deus, filho do Sol (o Inca) . Para
governar, o Imperador Inca contava com chefes militares, governadores de
províncias, sacerdotes e muitos funcionários.
A
economia dos incas baseava-se no cultivo de milho, batata e tabaco,
desenvolveram
a tecelagem, a cerâmica, a metalurgia do bronze e do cobre: sabiam trabalhar
metais preciosos, como ouro e a prata e utilizavam a lhama como animal de
carga. Construíram palácios, templos, estradas pavimentadas, aquedutos e canais
de irrigação.
Não
desenvolveram um sistema completo de escrita, mas sabiam registrar números e acontecimentos
através dos quipos – eram cordões
coloridos
nos quais se davam nós como forma de registrar as informações.
A
conquista do Império Inca foi iniciada a partir de 1531, por Francisco Pizarro.
Em 1533,Pizarro conseguiu invadir a capital inca, desestabilizando todo o
Império.
Quantos
milhões de pessoas viviam na América
antes
da chegada do europeu no final do século XV?
É
impossível responder a essa pergunta com precisão. Calcula-se, entretanto, que
existia em todo o continente americano (com 42 milhões de km2) uma população de
aproximadamente 88 milhões de habitantes, concentrada principalmente na América
Central e no norte da América do Sul.
Era
uma massa populacional tão grande que correspondia a cerca de 20%
da humanidade.
Também
são variadas as estimativas sobre a população indígena total que vivia no
Brasil.
Algumas
indicam cerca de 2,5 milhões de índios,
no início do século XVI, enquanto outras apontam aproximadamente 5
milhões. Nesse mesmo período, Portugal e Espanha não
possuíam juntos 11 milhões de habitantes.
Veja
que foram principalmente portugueses e espanhóis que conquistaram brutalmente
os povos americanos. Uma das mais sangrentas conquistas registradas em toda a
história humana.
Saiba
que as armas do conquistador europeu, eram superiores as dos povos
pré-colombianos. Essa superioridade verificou-se no:
_
uso da pólvora – (armas de fogo),
desconhecidas dos
povos
pré-colombianos;
_
uso do cavalo – dava grande
mobilidade ao conquistador durante os combates. Animal desconhecido dos povos
da América;
_
uso do aço – armas feitas de aço.
A
superioridade do armamento europeu não explica a vitória do conquistador sobre
os nativos americanos. Os índios eram numericamente superiores, chegando a
representar cerca de 500 a 1000 índios para cada europeu.
Na
luta entre os nativos, o conquistador contou também com a
chamada
“guerra microbiana”, isto é, diversas
doenças infecciosas trazidas pelo europeu (sarampo, tifo, varíola, malária,
gripe, etc.). Essas doenças eram letais para os índios, que não tinham
resistência imunológica à elas. Tais doenças provocaram grandes epidemias,
matando aldeias inteiras. Contaminado por essas doenças, que
ignorava e não sabia combater, o indígena sofria duplo impacto (físico e
psicológico), pois supunha, muitas vezes, estar sendo castigado pelos seus
deuses. Desse modo entregava-se ao mais desolador sentimento de apatia.
Saiba
que, aos povos pré-colombianos que sobreviveram, o conquistador
europeu
impôs costumes que modificaram bastante o modo de vida de suas comunidades.
Populações inteiras foram aprisionadas e removidas de suas regiões de origem
para trabalhar como escravos para o conquistador. Milhares de famílias
indígenas foram desmembradas. Pais foram separados dos filhos, maridos foram separados
das mulheres. Fora de seu meio natural, a população indígena sofreu com as
mudanças no tipo de alimentação e no ritmo de trabalho. Enfim, a economia
indígena foi completamente desestruturada.
A
América Espanhola no século XIX
É
importante você não se esquecer que quando falamos em América
Espanhola,
estamos nos referindo ao período em
que a América foi invadida,
conquistada e colonizada
pelos espanhóis. É bom lembrar também, que anteriormente vimos a
conquista dos povos da América em fins do século XV e agora veremos a dominação
desses povos já no século XIX .
Por
volta de 1830 a maioria dos países da América já tinha proclamado a
independência.
Entretanto, as diferenças entre eles eram bastante claras.
Os
Estados Unidos da América já começavam a se tornar o país mais
industrializado
do planeta. A América Latina, dominada pela herança colonial, ficava para trás,
afinal, foram séculos de exploração, conforme o que estudaremos mais adiante.
Quando
estudamos os povos do Continente Americano, encontramos
dificuldades
em achar documentos produzidos pelos povos pré-colombianos. Isso ocorre devido
à violência da conquista, dominação e destruição de documentos dessas culturas.
Portanto,
quando explicamos o que ocorreu na América nesse período,
falamos
em visão eurocentrista, isto é, onde
prevalecem os valores dos europeus (colonizadores) sobre os povos dominados.
Bem,
você aprendeu um pouco da América pré-colombiana, certo?
Então
não se esqueça que nesse período os europeus ainda não
haviam
se estabelecido no continente.
Agora
você vai estudar a América Colonial (fase
da dominação européia no continente Americano) e a América
Independente (fase da busca e da conquista de autonomia em
relação às metrópoles: Portugal , Espanha e Inglaterra).
A
AMÉRICA COLONIAL
Saiba
que, a conquista e colonização do território americano, realizadas a partir do
século XV como já vimos anteriormente, pelos reinos ibéricos (Portugal e Espanha),
tinham por objetivo suprir as necessidades do comércio europeu. A medida que
Portugal e Espanha foram centralizando o poder nas mãos do rei, iniciaram a
expansão marítima comercial (que também já vimos), provocando uma competição
cada vez mais acirrada entre eles.
Inicialmente
entre Portugal e Espanha, pioneiros dessa expansão e um pouco mais tarde,
França e Inglaterra entraram nessas competições.
A
disputa por novos mercados, exigida pela própria expansão comercial dos países
europeus, trouxe a valorização das terras americanas e a necessidade de
colonizá-las frente à ameaça de perdê-las para um competidor, isto é, esses
países com medo de perder essas terras, apressaram-se em colonizá-las.
Entraram
nessa disputa principalmente, Portugal, Espanha, Inglaterra e
França,
gerando dois tipos de colônia:
de
exploração - que ocorreu na América do Sul:
tudo o que era produzido aqui, era para atender as necessidades da metrópole;
de
povoamento - que ocorreu na América do
Norte: tudo que o era
produzido
na região, era para atender as necessidades dos colonos.
Agora
observe no esquema abaixo, algumas características dos dois tipos de colonização:
Colônia
de Exploração :
Latifúndio:
grandes propriedades.
Monocultura:
cultivo de um só produto.
Trabalho
compulsório: escravidão e servidão indígena.
Mercado
externo: produção destinada à metrópole.
Pacto
colonial: as colônias funcionavam de acordo com os
interesses da metrópole.
Colônia de
Povoamento:
Pequena
propriedade familiar
Policultura
e desenvolvimento de manufaturas
Trabalho
livre e “servidão por contrato”
Mercado
interno e Liberdade econômica
Também
é importante lembrar que as colônias de exploração até o século XVIII, eram
mantidas pela coroa num rígido controle sobre o comércio colonial, operando por
meio de portos únicos, que abasteciam a colônia com as mercadorias europeias e
de frotas armadas, ou seja, comboios de navios que realizavam a viagem da
Espanha à América.
E
como funcionava a colônia Espanhola?
Veja
que a mineração de ouro e de prata representou a atividade principal até a
segunda metade do século XVII. Essa atividade mineradora, além de abastecer a
metrópole com esses metais preciosos, exigiu a organização de uma economia
secundária, isto é, que suprisse as necessidades não só da área mineradora mas
também, as de outras regiões da colônia.
Assim,
desenvolveu-se a agricultura e a pecuária, que eram praticadas em grandes
propriedades chamadas haciendas,
cuja produção era voltada para o mercado interno e principalmente para a
exportação.
Saiba
que o cultivo da terra não foi feito somente com plantas trazidas pelos
europeus como cana-de-açúcar, mas utilizou-se também plantas originárias da
América como tabaco, cacau e milho. Nessas grandes propriedades – haciendas,
a mão-de-obra utilizada, tanto na mineração como na agricultura e pecuária foi
a indígena, em um sistema de verdadeira servidão coletiva. Nas haciendas,
o trabalho era realizado através da:
Mita:
Era um trabalho remunerado, forçado e utilizado especialmente na
mineração. Esse sistema já era utilizado pelos incas e astecas, com o nome de
“cuatequil”. Esse tipo de trabalho era feito através de revezamento, ou seja,
um grupo de indígenas trabalhava determinados meses do ano, sendo depois
substituído.
É importante
você saber que, além da
mão-de-obra
indígena, também foi
utilizada em
larga escala a mão-de-obra
escrava
africana.
Encomienda
: Esse trabalho era realizado geralmente na agricultura e era
forçado. Bem você viu alguns aspectos econômicos da sociedade colonial, certo?
Agora
veja a divisão das classes sociais formadas a partir da dominação
espanhola:
A
camada dominante, ou a elite colonial, dividia-se em:
-
Chapetones – eram pessoas nascidas na metrópole, que
possuíam todos os privilégios e ocupavam os altos cargos políticos, religioso e
militar.
-
Criollos – eram filhos de espanhóis nascidos na América.
Eram grandes mineradores e proprietários de terra. Não ocupavam cargos
políticos.
Possuíam somente poder econômico. Pagavam pesados impostos para sustentar a os
chapetones. Boa parte deles havia estudado na Europa e defendiam a liberdade na
economia e
política.
Os criollos reivindicavam o fim do monopólio comercial, a liberdade para
desenvolver atividades econômicas e a possibilidade de ocupar altos cargos na
administração.
No
meio da elite criolla, apareceu o chefe político local - o caudilho,
cujo poder repousava no latifúndio e
na fidelidade de seus seguidores. No começo do
século XIX, formou-se na sociedade colonial um militarismo, que se vinculou aos
interesses da elite criolla.
Caudilho
– é um indivíduo que exerce uma liderança política e militar sobre
um determinado grupo de pessoas. É a partir dessa liderança
que
ele exerce o poder. Podemos dizer que o caudilho tem a capacidade de acaudilhar
outros indivíduos. Mas o que exatamente quer dizer acaudilhar? É comandar como
um chefe local.
A
camada intermediária, ou classe média urbana, mantinha
vínculo
social,
econômico e político com as camadas dominantes. Desenvolvia atividades
profissionais como comerciantes, advogados, médicos, professores, artesãos,
etc.
A
camada dominada ou classe popular, era formada pela
grande
maioria
da população. Nessa camada estavam desde os trabalhadores
livres
do meio rural e urbano – os mestiços – até a maioria dos trabalhadores
escravos, que incluíam negros e índios.
A
relação entre a colônia e a metrópole foi sempre conflitante, pois seus
interesses
eram divergentes. Os primeiros movimentos de libertação da América Espanhola
começaram no século XVIII. Entre eles destacamos a Revolução Comunera,
no Paraguai (1717) , e a Revolta no Peru, liderada por Tupac
Amaru - (1780) . Ambas foram reprimidas de forma
violenta pelos espanhóis. Tupac Amaru, teve a língua cortada e depois foi
esquartejado.
Outro
movimento que ocorreu a partir de 1791, foi a revolta dos escravos, em São
Domingos, liderada por um ex-escravo, François Toussaint.
No começo do século XIX, os escravos controlavam toda a ilha, porém, em 1803,
Toussaint foi executado.
Mesmo
assim, o processo de emancipação continuou e, em 1805, o seguidor de Toussaint,
Dessalines, proclamou a independência da ilha
adotando o nome de Haiti.
Saiba
que no século XIX, a Europa estava profundamente abalada pelas guerras
realizadas por Napoleão Bonaparte – as chamadas guerras napoleônicas.
Através
dessas guerras, a Espanha foi invadida por tropas francesas, seu rei (Fernando
VII) foi aprisionado e o país mergulhou em uma luta contra as forças invasoras.
Isso permitiu que surgissem grupos políticos nas colônias em condições de
proclamar a sua independência.
Note
então que, dessa forma, a dominação napoleônica foi importante para a emancipação
das colônias espanholas, pois trouxe às claras as contradições do sistema
colonial espanhol.
Havia
também alguns grupos interessados em aproveitar a fragilidade da
administração
colonial espanhola e separar definitivamente a colônia da metrópole. A primeira
manifestação nesse sentido ocorreu no vice-reinado de Nova Espanha quando, em
1810, os padres Hidalgo e Morellos passaram
a liderar um movimento de emancipação do México.
O
padre Miguel Hidalgo liderou
uma rebelião camponesa que exigia a
liberdade,
a igualdade étnica e a reforma agrária, com a distribuição de terras para os trabalhadores.
Um ano depois, o movimento foi sufocado e Hidalgo executado.
O
padre Morellos continuou a
luta e teve o mesmo fim. A independência
definitiva
do México só veio ocorrer em 1821, declarada pelo general Itúrbide.
No
vice-reinado do rio Prata, em 1810, o general Belgrano expulsou o vicerei
nomeado pela junta de Sevilha, formando a junta de Buenos Aires, de governo autônomo.
Essa
junta enviou exércitos para o Paraguai e Alto Peru, a fim de assegurar sua
supremacia sobre essas regiões.
Entretanto
os paraguaios, recusando-se a aceitar a dominação de Buenos Aires, foram às
armas, lutaram e venceram a guerra, declarando a independência em maio de 1811.
Nascia a nação livre paraguaia.
No
Paraguai, o Dr. Gaspar Francia instalou uma ditadura. Enquanto isso, os
criollos argentinos convocaram, em 1813, a primeira assembléia nacional da
Argentina, momento em que se adotou o nome de Províncias Unidas do Rio do
Prata.
Após
a guerra, a restauração absolutista na Espanha correspondeu à tentativa de recolonização
da América espanhola.
Todavia,
os criollos argentinos rebeldes não desistiram e, em 1816,
formalizaram
a independência definitiva, no Congresso de Tucumán, criando a República
Argentina.
Aos
poucos, o antigo vice-reinado do Prata foi se diluindo em Estados
Nacionais
soberanos. Nesse processo surgiu o Uruguai, em 1828.
O
vice-reinado Peru também se fragmentou em nações livres: a Colômbia, em 1819, o
Equador, em 1822, o Peru, em 1821, e a Bolívia, em 1825.
As
Capitanias Gerais da Venezuela e do Chile também se emanciparam, em 1811 e
1818, respectivamente.
OS
PAÍSES CAPITALISTAS E OS INTERESSES
NOS
NOVOS PAÍSES
Saiba
que a Inglaterra e os Estados Unidos, reconheceram os novos Estados
latino-americanos. A Inglaterra via nas novas
nações um mercado promissor para
seus produtos.
A
burguesia industrial norte-americana, temerosa do avanço capitalista inglês na
América Latina, procurou assegurar seus interesses por meio da Doutrina
Monroe, de 1823, a qual preconizava “A
América para os americanos”, ou seja, almejava o
promissor mercado latino-americano para os produtos norte-americanos.
AMÉRICA
INDEPENDENTE
Veja
que a situação política e econômica da América Latina pouco mudaram com a
independência. Os criollos continuaram exercendo o poder do mando, enquanto
grande maioria da população permanecia sendo explorada nas grandes
propriedades.
Saiba
que os países latino-americanos não desenvolveram suas indústrias.
A realidade social dominante era o latifúndio,
propriedade privada da maioria criolla.
Dessa forma, a concentração de renda em suas mãos permitiu-lhe o controle
econômico, político e social - fator que contribuiu para aumentar cada vez mais
sua riqueza. Essa realidade contrastava com outra: a grande massa da população
rural que trabalhava a serviço dos grandes proprietários, foi marginalizada e
excluída das grandes decisões do Estado, servindo de manobra para os interesses
dos latifundiários.
Observe
no mapa abaixo as datas da independência de cada colônia
Nos
novos países, os donos dos meios de produção tornaram-se os donos do poder
político e adaptaram seus interesses excluindo a maioria da população da
participação e decisão política. As elites nacionais, lideradas por caudilhos,
apossaram-se do Estado e adotaram o regime
republicano,
de forma centralizada e tradicional.
É
importante lembrar que ao longo do século XIX e princípios do século XX, o
caudilhismo foi reforçado e teve suas bases ampliadas. Com o apoio dos acaudilhados,
os líderes conquistaram o poder pela força, instaurando governos autoritários.
Agora
responda em seu caderno:
01. Leia o texto e
justifique a frase: “A superioridade do armamento europeu, não explica a
vitória do conquistador sobre os nativos americanos.”
02. Cite duas
diferenças entre colônia de exploração e colônia de povoamento.
03. Identifique o
principal interesse dos países europeus nas colônias
americanas.
04 -
A mineração foi a atividade econômica mais importante da América Espanhola
durante o período colonial. Múltiplos fatores condicionaram a formação e a
decadência dos complexos mineradores do altiplano andino e do planalto
mexicano.
Assinale
a modalidade de mão-de-obra que predominou nas minas de prata dos referidos
complexos, durante os séculos XVI e XVII.
a)
Indígena, submetida ao trabalho compulsório.
b)
Negra, submetida ao trabalho escravo.
c) Europeia,
no regime de trabalho assalariado.
d)
Indígena, adaptada ao trabalho livre.
e)
Indígena, no regime de trabalho voluntário.
Comentário - A
Espanha foi o país que mais se comprometeu a por em prática o ideal do
metalismo; ao invés de investir em atividades agricultoras e manufatureiras
para sustentar a balança comercial, reduziu suas expectativas econômicas à
exploração do ouro e da prata extraídos dos países que colonizava na América
Latina, principalmente o Peru e o México.
05- O processo de colonização europeia da América,
durante os séculos XVI, XVII e XVIII está ligado à
a) expansão
comercial e marítima, ao fortalecimento das monarquias nacionais absolutas e à
política mercantilista.
b) disseminação
do movimento cruzadista, ao crescimento do comércio com os povos orientais e à
política livre cambista.
c) política imperialista,
ao fracasso da ocupação agrícola das terras e ao crescimento do comércio
bilateral.
d) criação das
companhias de comércio, ao desenvolvimento do modo feudal de produção e à
política liberal.
e) política
industrial, ao surgimento de um mercado interno consumidor e ao excesso de
mão-de-obra livre.
Comentário – A
colonização europeia da América é fruto da conjugação desses três elementos. A
expansão Marítima que levou a descoberta de novas terras, o fortalecimento das
monarquias nacionais, que permitiu a arrecadação de impostos que viabilizavam
tal empreendimento, e a Política Mercantilista, que buscava o enriquecimento da
nação, e passa a ver nas novas terras uma possibilidade de alcançar tal
objetivo.
UM GRANDE ABRAÇO! FICA EM CASA!!