quarta-feira, 29 de abril de 2020

Atividade de História 3º A e B Regular e Integral


COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ RIBEIRO PAMPONET
DISCIPLINA DE HISTÓRIA   PROF. PERIVALDO MATOS
TURMAS 3º A E B REGULAR E INTEGRAL
DATA 30/04/2020

SITUAÇÃO MUNDIAL
Charge mostrando a concorrência capitalista.

Você aprendeu no que na segunda metade do século XIX, o capitalismo industrial ganhou forças, surgiram os monopólios internacionais e formaram-se os grandes impérios coloniais na Ásia e África – era a expansão do capitalismo.
Então, a economia passou a ser dominada por empresas gigantescas que não só tinham exterminado a maioria dos concorrentes como passaram a controlar junto com outras companhias do mesmo porte, setores inteiros do mercado - eram os monopólios.
A fase de desenvolvimento que o capitalismo entrou permanece até os dias de hoje.

A burguesia ligada às indústrias e aos bancos foi a grande beneficiária do desenvolvimento industrial.
Enquanto isso, os milhares de trabalhadores viviam em condições miseráveis. A jornada de trabalho estendia-se até por 14 horas, com rápidos intervalos para refeições. As moradias dos trabalhadores eram cortiços imundos, sem água, luz ou esgotos. Fome, doença, alcoolismo, prostituição e mendicância eram normais entre os trabalhadores.
Nos países industrializados formou-se uma camada média entre a burguesia e a classe trabalhadora, formada por lojistas, donos de hospedarias, pequenos empregadores, funcionários comerciais e bancários.
Não é difícil imaginar que não existia leis que protegessem esses operários. Para tentar contornar a difícil situação, os próprios trabalhadores se uniram fundando associações para atender seus interesses.
Na Inglaterra, por volta de 1824, os operários conquistaram o direito de livre associação. Formaram-se os “trade unions”, que representavam a primeira tentativa de organização dos trabalhadores. Diante dessa situação de exploração, numerosos pensadores passaram a propor tentativas de solucionar os problemas da classe operária. Uma dessas idéias ficou conhecida como SOCIALISMO.
As Idéias socialistas espalharam-se por toda a Europa e defendiam a igualdade social.
Como exemplo de pensadores da época, temos Karl Marx e Friedrich Engels. Suas idéias deram início ao chamado socialismo científico ou marxismo. As idéias marxistas surgiram com a publicação do “Manifesto Comunista” (1848) e de “O Capital” (publicado a partir de 1867).

Socialismo X Comunismo
No século XIX, o termo socialismo, passou a indicar um conjunto de doutrinas e teorias políticas e econômicas que tinha por objetivo transformar a sociedade.
O comunismo seria o estágio final do socialismo. Aconteceria quando a sociedade tivesse alcançado uma maturidade social. Tanto o socialismo como o comunismo, defende a idéia de uma igualdade social, na qual a propriedade é coletiva, tudo é de todos: todos trabalham e repartem POR IGUAL o que foi produzido.
No comunismo não existe Estado. O comunismo só seria alcançado quando não existisse mais qualquer forma de repressão, todos seriam livres e iguais.

Para Marx, a questão social de exploração dos trabalhadores só seria solucionada através de uma ação revolucionária e da instauração de uma sociedade comunista.

Você estudou o IMPERIALISMO NORTE-AMERICANO, certo!
Aprendeu que os Estados Unidos, através da política "a América para os americanos", impôs seu domínio no Continente Americano.
Agora você relembrará uma medida imposta pelos Estados Unidos: a política do “BIG STICK”.
A política do “Big Stick” (grande porrete) do presidente Theodore Roosevelt (1901 – 1908), estabelecia que os Estados Unidos deveria exercer “um poder de polícia internacional”, especialmente nos países onde houvesse investimentos norte-americanos. Com isso, a missão de seu país era “americanizar o mundo”. Na verdade era uma justificativa para a expansão comercial e a penetração financeira dos grandes grupos capitalistas norteamericanos na América do Sul e América Central.
...política do “BIG STICK”!
O que é isso mesmo??

Assim, toda vez que um governo da América Central prejudicava os interesses de grandes empresas norteamericanas, as tropas dos Estados Unidos não queriam conversa, invadiam o pobre país, derrubavam o governo e colocavam um pessoal de confiança no lugar.

A História se repete...
... o tempo passou e essa história não mudou!
Ainda hoje, os Estados Unidos controlam os países pobres e aqueles que não se enquadram aos interesses norte-americanos.

LIBERALISMO ECONÔMICO? NACIONALISMO?
O QUE É ISSO?
O liberalismo é um sistema que defende a ideia de liberdade econômica, política e religiosa.
No plano político, o liberalismo combatia o poder absoluto, isto é, o poder centralizado nas mãos dos reis, defendendo a ideia da livre escolha do governo através de eleições e o fim de todos os privilégios sociais e políticos.
No plano econômico, os liberais exigiam a liberdade dos empresários e dos contratos de trabalho. Adam Smith,  foi considerado o fundador da ciência econômica, para ele, o homem é sempre impulsionado por um interesse pessoal, egoísta, sequer pensando na sociedade.
Quanto à questão religiosa, o Estado estava completamente separado da Igreja (em outros tempos, a Igreja e o Estado, andavam de “mãos dadas”), assim, cada cidadão poderia praticar livremente sua crença religiosa.
É importante que você saiba que grande parte da burguesia era de liberais que não aceitavam a plena democracia. Para eles, o voto deveria ser censitário, isto é, só poderia votar quem tivesse certa renda em dinheiro, ou seja: a classe pobre não participaria da vida política do país.
Já os liberais democratas, principalmente, os intelectuais e os profissionais liberais (médicos, jornalistas, professores, etc.), defendiam o voto universal masculino, somente os homens poderiam votar.
Então, os LIBERAIS defendiam a liberdade econômica, política e religiosa, portanto, seus interesse pessoais.
Ao mesmo tempo, um outro grupo, os NACIONALISTAS pretendiam agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais.
Esses liberais estavam preocupados com a liberdade do povo ou com seus próprios interesses?
É claro que é com seus interesses, principalmente econômicos.
Então, os LIBERAIS defendiam a liberdade econômica, política e
religiosa, portanto, seus interesse pessoais.
Ao mesmo tempo, um outro grupo, os NACIONALISTAS pretendiam
agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes
Isso provoca, no início do século XX, um clima de enorme tensão e rivalidade entre as grandes potências europeias, como por exemplo, Alemanha e França.

AS TENÇÕES EUROPÉIAS NO COMEÇO DO SÉCULO XX

Muitos fatores contribuíram para essa situação conflituosa, destacando-se entre eles:
_ Disputa colonial – buscando novos mercados para a venda de seus produtos, os países industrializados entravam em choque na disputa por colônias na África e Ásia.
_ Concorrência econômica – cada um dos grandes países industrializados dificultava a expansão econômica do país concorrente. Essa briga econômica foi especialmente intensa entre Inglaterra e Alemanha.
_ Disputa nacionalista – em diversas regiões da Europa surgiram movimentos nacionalistas que pretendiam, como você leu acima, agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. Assim, o nacionalismo provoca um desejo de expansão territorial.

MOVIMENTOS NACIONALISTAS
Os interesses da Alemanha, Rússia e França.
Entre os principais movimentos nacionalistas que se desenvolveram na
Europa no início do século XX, destacam-se:
_ Pan-eslavismo – buscava a união de todos os povos eslavos da Europa
oriental, era liderado pela Rússia.
_ Pangermanismo – buscava anexar à Alemanha os territórios ocupados por povos germânicos da Europa central, era liderado pela Alemanha.
_ Revanchismo francês – visava vingar a derrota francesa para a Alemanha em 1870 e recuperar os territórios da Alsácia-Lorena (região rica em minério de ferro e carvão, que a França foi obrigada a ceder aos Alemães pela derrota na guerra Franco-Prussiana).

Você verá que esses movimentos nacionalistas contribuíram também para o início da Primeira Guerra Mundial.
O princípio das nacionalidades transformou o mapa político europeu, envolvendo cerca de 60 milhões de indivíduos: thecos, italianos, alemães, poloneses, sérvios, búlgaros, gregos, romenos, finlandeses, dinamarqueses e outros.

Por que será que acontecem as guerras?
Você já parou para pensar nisso? Parece difícil explicar uma irracionalidade tão estúpida, não é mesmo?
No entanto, um dos mais sangrentos conflitos militares de toda a história, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), teve uma causa básica simples: A burguesia tinha como grande objetivo dominar territórios e mercados cada vez maiores.
O clima de rivalidade entre os países deu origem à chamada PAZ ARMADA.
Como o risco de guerra era bastante grande, as principais potências iniciaram uma corrida armamentista, isto é, trataram de aperfeiçoar/estimular a produção de armas e de fortalecer/aumentar o contingente militar.
Assim, de 1871 à 1914, a Europa viveu em estado de vigilância permanente.
Em tempo...
Na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos, surgiram Associações pacifistas, apoiadas por homens de negócios como Carnegie e Nobel, que criaram o Prêmio da Paz.
Mas os sentimentos humanitários desses grupos não mudaram a situação do conflito mundial.
A França não confiava na Alemanha, pois perdera para ela a Alsácia-Lorena em 1870; a Austrália e a Rússia disputavam interesses nos países balcânicos; Inglaterra e Alemanha competiam economicamente.
Durante a paz armada, o clima de tensão levou as grandes potências a firmar tratados de aliança. O objetivo desses tratados era somar forças para enfrentar a potência rival.
Depois de muitas negociações e tratados, passaram a existir na Europa, em 1907, dois blocos distintos:
_ TRÍPLICE ALIANÇA – formada pela Alemanha, Áustria e Itália.
_ TRÍPLICE ENTENTE formada pela Inglaterra, França e Rússia.
A aliança original entre os países de cada bloco sofreu alterações. Conforme seus interesses imediatos, alguns países mudaram de lado. Exemplo disso foi a Itália, que, em 1915 (após o início da guerra), passou para o Lado da Entente por ter recebido a promessa de compensações territoriais.
As tensões entre os dois blocos foram ficando insuportáveis. Qualquer incidente serviria de estopim para deflagrar a guerra.
Veja então que só faltava riscar o fósforo para acender o barril de pólvora.

PRIMEIRA GUERRA MUNDIA 1914 À 1918
E foi isso que aconteceu quando o herdeiro do trono austríaco o arquiduque Francisco Ferdinando resolveu visitar a cidade de Saravejo, capital da Bósnia, em carro aberto no meio da multidão, em 28 de junho de 1914.
A visita do herdeiro tinha objetivos políticos: pretendia mostrar o domínio austríaco nessa região. Não deu “outra”, o arquiduque e sua esposa foram assassinados a tiros por um estudante sérvio, pertencente à organização secreta nacionalista Unidade ou Morte, que tinha apoio do governo sérvio, ligado por sua vez, à Rússia.
Nas circunstâncias históricas da época, o assassinato serviu para uma reação militar da Áustria contra a Sérvia. Então, devido a política de alianças, outros países envolveram-se no conflito, numa verdadeira reação em cadeia.
A partir daí, foi como um dominó, durante quatro anos, a Europa foi
envolvida pelo maior conflito da História, que atingiu direta ou indiretamente a economia de muitos países e o equilíbrio mundial.
Deflagrada a guerra, os blocos rivais ficaram assim constituídos:
_ Alemanha, Império Austro-Húngaro, Turquia e Bulgária;
_ França, Inglaterra, Rússia, Bélgica, Sérvia, Japão, Itália, Portugal, Romênia, Estados Unidos, Brasil e Grécia.
Veja os acontecimentos que se seguiram à invasão da Sérvia pelo exército austríaco:
28 de julho – a Áustria declara guerra à Sérvia;
29 de julho – em apoio à Sérvia, a Rússia mobiliza seus exércitos contra
a Áustria e a Alemanha;
1º de agosto – a Alemanha declara guerra à Rússia e, posteriormente, à
França;
4 de agosto – para a França, os exércitos alemão e austríaco invadem
a Bélgica (neutra);
5 de agosto – a Inglaterra declara guerra à Alemanha.

O BRASIL NA GUERRA

"(...) Quando veio a I GUERRA MUNDIAL, deflagrada pelas ambições e contradições da Europa (...), sofremos as consequências (...).”
“Nem todas as consequências a rigor foram más. As nossas exportações
subiram e houve aqui um surto de expansão industrial, decorrente da
impossibilidade de importarmos artigos da Europa incendiada, cuja indústria estava concentrada na produção bélica.
Um mal terrível como a guerra, resultou para nós, ainda que
temporariamente, um bem à nossa prosperidade comercial e industrial. Só que, com a volta da paz, perdemos as condições de competir com produtos estrangeiros aqui vendidos e, na ausência de uma política nacional de firme proteção à nossa indústria,
voltamos a retroceder.
Mas houve também consequências más da guerra. A pior delas foi a epidemia da chamada 'gripe espanhola', que matou mais gente, no mundo inteiro, do que os próprios combates, e que, no Brasil, ceifou 15.000 vidas.
A gripe era provocada e propagada como tradicionalmente acontecia
durante ou depois das guerras, pelas más condições de higiene nos países em guerra e pelo natural enfraquecimento da população, civil e militar, em regime de esforço excessivo e alimentação deficiente.(...) A guerra de 1914-1918 não atingiu o Brasil somente nos planos econômicos e da saúde pública: acabamos envolvidos nela pelo torpedeamento de navios nossos, no Atlântico por submarinos alemães, tendo sido afundados os navios brasileiros Paraná, Tijuca, Lapa, Macau e Ácari. Assim, o presidente Venceslau Brás declarou guerra à Alemanha em 26 de outubro de 1917.
Não mandamos tropas para a Europa. Enviamos um corpo de voluntários
aviadores, uma missão médica e uma esquadra de seis navios a fim de cooperar com os aliados”.
Extraído: “O Brasil na Primeira Guerra”, Editora Abril, São Paulo – 1971, p. 28.

OS ESTADO S UNIDOS NA GUERRA

Até janeiro de 1917, os Estados Unidos haviam se mantido numa posição de neutralidade.
Mas muito lhe interessava que os Aliados vencessem a guerra, pois desde o início do conflito, tinha fornecido armas e outras mercadorias, além de vultosos empréstimos à Inglaterra e à França.
A derrota desses países colocaria em risco o pagamento das dívidas. Essa atitude mudou em 6 de abril de 1917, quando a marinha alemã, utilizando seus submarinos, afundou navios de países tidos como neutros, alegando que transportavam alimentos para os inimigos.
Foi o caso, por exemplo, do afundamento dos navios americanos Lusitânia e Arábia e também do navio brasileiro Paraná.
A entrada dos Estados Unidos na guerra foi um fator decisivo para o
fortalecimento dos Aliados e levou, finalmente, os países que apoiavam a Alemanha a se renderem.

SAIBA MAIS
Enquanto as potências europeias concentravam seus esforços na guerra...
...os Estados Unidos aproveitava para ocupar e suprir outros mercados mundiais,
na Ásia e na América Latina.
Arrasada pela guerra, a Europa, no final do conflito, era um grande mercado dependente das exportações norte-americanas.

A partir de 1918, a Alemanha foi perdendo fôlego, ficando isolada e sem
condições de sustentar a guerra. Em 11 de novembro de 1918, acabou assinando um acordo de paz em situação bastante desvantajosa.
O TRATADO DE VERSALHES
Após a rendição alemã, no período de 1919 a 1920, realizou-se no palácio de
Versalhes, na França, uma série de conferências com a participação de 27 nações vencedoras da guerra.
Lideradas pelos representantes dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França, essas nações estabeleceram um conjunto de decisões conhecido como Tratado de Versalhes, impondo duras penalidades à Alemanha, dentre elas:
_ restituir a região da Alsácia-Lorena à França;
_ ceder outras regiões à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia;
_ entregar quase todos os seus navios mercantes à França, à Inglaterra e à
Bélgica;
_ pagar uma enorme indenização em dinheiro aos países vencedores:
_ reduzir o poderio militar de seus exércitos, sendo proibida de possuir aviação militar.

Agora responda em seu caderno:

1) O atual sistema econômico do Brasil é o capitalismo. Nesse sistema, qual é classe social mais favorecida: a burguesia ou a classe trabalhadora? Justifique a sua resposta.

2) Com a guerra, as exportações no Brasil aumentaram e houve um surto de expansão comercial. E quando terminou a guerra, a prosperidade comercial e industrial continuou? Justifique a sua resposta.

3) Quais foram as más conseqüências da guerra para o nosso país?

4) “Não há dúvida de que a acumulação de armamento, que atingiu proporções temíveis nos últimos cinco anos
anteriores a 1914, tornou a situação mais explosiva. Não há dúvida de que havia chegado o momento, ao menos
no verão europeu de 1914, em que a máquina inflexível que mobilizava as forças da morte não poderia ser mais
estocada. Porém a Europa não foi à guerra devido à corrida armamentista como tal, mas devido à situação
internacional que lançou as nações nessa competição”.
( Eric J. Hobsbawm IN A Era dos Impérios(1875-1914), Ed.Paz e Terra.)
O período que antecede a Primeira Guerra Mundial, retratado no texto de Eric Hobsbawm, foi denominado de
a) Armamentista
b) Liberal
c) Paz Armada
d) Guerra Fria
d) Alianças

05) FGV - O contexto europeu do final do século XIX e início do XX relaciona-se à eclosão da Primeira Guerra Mundial porque
a) a Primeira Revolução Industrial desencadeou uma disputa, entre os países europeus, por fontes de carvão e ferro e por consumidores dos excedentes europeus.
b) a unificação da Itália rompeu o equilíbrio europeu, pois fez emergir uma nova potência industrial, rival da Grã- Bretanha e do Império Austríaco.
c) o revanchismo alemão, devido à derrota na Guerra Franco-Prussiana, fez a Alemanha desenvolver uma política militarista e expansionista.
d) a difusão do socialismo, principalmente nos Bálcãs, acirrou os movimentos emancipacionistas na área, então sob domínio do Império Turco.
e) a corrida imperialista, com o estabelecimento de colônias e áreas de influência na África e na Ásia, aumentou as rivalidades entre os países europeus.

UM GRANDE ABRAÇO! FICA EM CASA!!



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